da assessoria de imprensa da Prefeitura de Osasco
Em audiência pública promovida na noite de quarta-feira, dia 5 de junho, pela Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal, a Prefeitura de Osasco e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apresentaram uma proposta de convênio para viabilizar a implantação do campus da universidade em Quitaúna.
O evento, realizado na Sala Osasco, espaço anexo à prefeitura, reuniu cerca de 500 participantes, incluindo autoridades, representantes da sociedade civil e ainda dos corpos docente e discente da universidade.
Atualmente, a Unifesp mantém, em Osasco, um campus que funciona em prédio cedido pela administração municipal no bairro do Jardim das Flores. A partir do convênio, que foi alvo de discussões na audiência e que agora será formalizado entre a administração municipal e a instituição de ensino, serão dados os primeiros passos para a construção do campus definitivo, em terreno que foi adquirido pelo MEC (Ministério da Educação)
e repassado à Unifesp, em Quitaúna.
Na abertura da audiência, a reitora da Unifesp, professora-doutora Soraya Smaili, após fazer um breve histórico da instituição, detalhou quais são os planos, em parceria com a prefeitura, para a utilização da área. Eles incluem, além da construção do primeiro prédio acadêmico, cujas obras devem ser iniciadas no próximo ano, a implantação de uma “rua parque”, arborizada, aberta ao uso da população, e que vai cortar todo o terreno, fazendo a ligação entre Quitaúna e o Km 18. Glebas do terreno também serão destinadas à construção de uma creche, de moradias estudantis e de um centro poliesportivo, que poderá ser utilizado pela comunidade. Outros três equipamentos, construídos logo na entrada do campus, serão ainda compartilhados com a população de Osasco: um teatro, uma biblioteca e um museu.
Mais a curto prazo serão feitos o cercamento do terreno, a implantação de calçadas e a viabilização de estruturas pré-fabricadas, que vão abrigar cursos de extensão. “Nossa gestão tem o interesse de fazer o melhor uso dessa área não só para a universidade, mas para toda a comunidade. Por isso, agradeço a disposição do prefeito Jorge Lapas e tenho certeza de que essa será uma parceria bastante profícua”, afirmou.
O primeiro prédio acadêmico terá 20 mil metros quadrados e tem custo de implantação estimado em R$60 milhões. A reitora Soraya Smaili afirmou ainda que os prazos podem ser revistos, para uma duração menor, com a possibilidade de se adotar o mesmo modelo de licitação utilizado na construção dos estádios destinados à Copa do Mundo. “Temos uma equipe em Brasília estudando essa possibilidade e se for viável o projeto do campus de Osasco será o primeiro do País e adotar esse modelo”, revelou.
A previsão é de que processo licitatório dure cerca de 8 meses. Nessa modalidade, o prazo poderia cair para 6 meses. Já o prazo estimado para conclusão das obras é de 18 meses. A previsão é de que esse primeiro prédio do campus atenda 2 mil alunos da Unifesp. “Isso levando-se em consideração o número atual de cursos. Mas teremos também os cursos de extensão, que poderão atender um público bem maior”, completou.
Na sequência, o prefeito Jorge Lapas lembrou que o processo de implantação de uma universidade federal em Osasco, e que depois resultou no campus da Unifesp, foi iniciado em 2005 e que teve a atuação direta do ex-prefeito Emidio de Souza e do deputado federal João Paulo Cunha, além de ter contato com as colaborações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, hoje prefeito de São Paulo. “Além disso, hoje contamos com o apoio da presidenta Dilma Rousseff e do ministro da Educação Aloízio Mercadante, com quem estive reunindo recentemente e que me garantiu que existem recursos para a construção do primeiro prédio. Por isso, acreditamos que as obras comecem no próximo ano”, relatou.
Em seguida, o prefeito falou sobre as atribuições da administração municipal nessa parceria. “O campus definitivo da Unifesp no terreno de Quitaúna é um sonho e um desejo da nossa cidade. Por isso, a Prefeitura de Osasco não mede esforços nessa parceria. Fizemos o estudo topográfico para viabilizar o projeto do campus, vamos implantar as calçadas depois que a Unifesp fizer o cercamento da área, realizar as obras para implantar a rua-parque e construir a creche, que além dos funcionários da universidade vai atender também a comunidade local”, enumerou.
Ele também afirmou que fez à Unifesp o pedido para a implantação de um cursinho pré-vestibular gratuito para atender os jovens da cidade. “Hoje, 15% dos alunos do campus Osasco são da cidade, mas queremos ampliar esse índice. E a Unifesp será parceria nesse projeto. Ela vai conceder bolsas a seus estudantes para que ensinem os alunos da cidade nesse cursinho”, revelou.
Outro pedido foi formalizado por Lapas no evento: a implantação de um curso de Direito no campus Osasco. “Sabemos que a Unifesp já tem esse curso aprovado e que falta definir o local. Queremos que ele venha para cá. Por isso, entrego à reitora um documento mostrando a importância desse curso não só para nossa cidade, que é a 4ª maior do Estado, mas para toda a região, já que o campus tem fácil acesso pela malha viária e também pelo transporte público”, afirmou.
De acordo com Smaili, a implantação do curso já foi discutida internamente pela instituição. “O próprio campus Osasco já apresentou esse pleito ao Conselho Universitário. O curso de Direito da Unifesp será o 2º em uma universidade pública e o 1º em uma universidade federal no Estado de São Paulo e Osasco tem todas as credenciais para recebê-lo”, revelou.
Também fez uso da palavra, no evento, o diretor acadêmico do campus Osasco, Murilo Leal, que fez um histórico de seu funcionamento desde a inauguração, em março de 2011. Atualmente, o local atende 884 alunos em cursos de Ciências Econômicas, Ciências Contábeis, Relações Internacionais, Administração e Ciências Atuariais, que foi iniciado este ano. “Além do curso de Direito, já mencionado, estamos em tratativas para trazer os de Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica. Nosso objetivo não é só transmitir o conhecimento acumulado nessas áreas, mas também produzir conhecimento. Por isso, temos também um curso de mestrado profissional, com 25 alunos, na área de Gestão de Políticas e Administração Pública. Além disso, contamos ainda com curso de gestão voltados à cidade”, acrescentou, referindo-se a pesquisas nas áreas de Meio Ambiente, Incubadora de Empresas e apoio às micro e pequenas empresas, tendo como foco experiências do município.
Discursaram ainda na audiência pública o deputado federal João Paulo Cunha, os deputados estaduais Marcos Martins e Osvaldo Vergínio, o vice-prefeito de Osasco, Valmir Prascidelli, a secretária de Educação de Osasco, Régia Maria Sarmento Gouveia, o vice-prefeito de Itapevi, Fláudio Limas; o presidente da Câmara Municipal, Antônio Toniolo, e o presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte da Câmara, vereador Valdir Roque.
O evento contou também com as presenças da primeira-dama Sandra Missiano Lapas, dos secretários municipais Roberto Trapp (Comunicação), Fabio Yamato (Cultura), Carlos Marx (Meio Ambiente), Marisa Elizabeth (Administração), Mônica Veloso (Desenvolvimento, Trabalho e Inclusão), Gelso Lima (Assistência e Promoção Social), Marcelo Vieira (Assuntos Jurídicos), Dulce Helena Cazzuni (Planejamento e Gestão), Tinha di Ferreira (Esportes, Recreação e Lazer) e Carlos Baba (Serviços e Obras); do coordenador de Relações Internacionais, Luciano Jurcovichi; da coordenadora da Mulher e Promoção da Igualdade Racial, Sonia Rainho; do presidente da CMTO, Paulo Arnoni; do coordenador do OP, Antônio Onofre, do Ouvidor Luis da Locadora e dos vereadores Andrea Capriotti, Alex da Academia, Rogério Silva, Maluco Beleza, Branco, Batista Comunidade, Mazé Favarão, Aluísio Pinheiro, Rogério Lins e Josias da Juco.