COLUNISTAS

Autor: Thales Kroth de Souza

Gestão de seus negócios: contrastes com a filosofia do dinheiro

6/9/2021 - Osasco - SP

Existem alguns segredos na gestão de negócios que estão relacionados diretamente com os objetivos primordiais para que empreendedores vislumbrem o sucesso e a conquista para novos empreendimentos de acordo com estratégias e análises anteriores de oportunidades. É inevitável não colaborar para que o ambiente e a motivação necessários estabeleçam critérios para que seus desejos sejam alcançados, por isso desejam-se sempre futuros inexistentes e intangíveis no momento. O ser humano tem essa demonstração de esperança e sentimentos em tudo o que faz; uma filosofia do dinheiro cai sempre bem.

"A temática do dinheiro como agente estruturador que ajuda as pessoas a entender a totalidade da vida" não serve somente para o livro de Georg Simmel (A Filosofia do Dinheiro, 1900), desenvolver por outros meios aquilo que desenvolveu em meio a sociedade não é só o compromisso de reciprocidade para o bem social e estar colaborativo, mas fazer com que seus esforços para um ambiente melhor, princípios de seus negócios descritos em valores depositem inspirações para seu cotidiano. O individualismo teve crescimento no desejo de possuir bens, patrimônio, mas também tem sua força quando depositamos em trabalhos alheios por meio de compras aquilo que desejamos e trocamos ofertas por demandas do mesmo dinheiro que produzimos. Esse ciclo que tem como norte, o centro e o objetivo é o dinheiro.

O desenvolvimento social capitalista dá certo graças a moeda de troca portátil, fácil, prática e aceita em todo o mundo. O que alimenta a prática do empreendedorismo é a segurança futura e não do presente. "A maioria das pessoas agarra-se à segurança como se fosse a coisa mais importante do mundo. E a segurança parece ter muito a seu favor. Faz com que a pessoa se sinta protegida." Essas palavras de Max Gunther (Os Axiomas de Zurique, 1985) compreendem o momento atual quando tenta-se minimizar riscos com investimentos menos arrriscados. Não adianta! Negócios precisam correr riscos para que a taxa de retorno exigida seja interessante para o investimento. Essa premissa serve para investimentos em educação, saúde, qualidade de vida, etc. O bem estar social é impregnado de uma forma diferente e a recompensa são os esforços das melhores aplicações.

"Todo homem, desde que não viole as leis de justiça, é deixado perfeitamente livre para buscar seu próprio interesse do seu próprio jeito, e para colocar o seu empenho e o seu capital em concorrência com aquele de qualquer outro homem, ou ordem de homens." Conforme Adam Smith (A Riqueza das Nações, 1776) consegue-se entender que a concorrência é a melhor posição para que preços como os de combustíveis, peças, móveis, equipamentos, bens naturais reduzem-se. O motivo está na livre iniciativa do mercado e na oferta versus demanda empreendida. Não há solução mais natural quando a mão do estado tenta equivaler outros meios e riscos, aí algo tende a desecaminhar e o engesamento de setores ficam sem desenvolvimento aparente ou os preços não ficam populares.

O estabelecimento de propriedade tem suficiência de interesses para os negócios. "Cada homem tem a propriedade em sua própria pessoa e sobre a própria pessoa ninguém tem direito" como John Locke (Dois Tratados sobre o Governo, 1689), assim, o entendimento da unidade contributiva do trabalho mede-se seus interesses e de acordo não só com a produção de valor, mas com a criação de valor mediante diversos fatores como experiência do cliente, acompanhamento de carteiras, promoções de publicidade e de marketing, transferências de soluções, etc.

A liberdade de países que possuem mais renda está no equilíbrio da taxa de juros. "A taxa de juros não é o preço que equilibra a demanda de recursos para investir e a propensão de abster-se do consumo imediato. É o preço mediante o qual o desejo de manter a riqueza em forma líquida se concilia com a quantidade de moeda disponível. Isso implica que eu, se a taxa de juros fosse menor, isto é, se a recompensa da renúncia à liquidez se reduzisse, o montante agregado de moeda que o publico desejaria conservar excederia a oferta disponível e que, se a taxa de juros se elevasse, haveria um excedente de moeda que ninguém estaria disposto a reter." Nas palavras de John Maynard Keynes (A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, 1936), as implicações da inflação provocam problemas emergentes nas nações e em crises como as provocadas pela pandemia de Covid-19 desestimularam investimentos e provocaram desajustes no consumo.

Consequências semelhantes do passado ajudam-nos a entender situações futuras, mas realmente são premissas que elaboram-se em tempos de crises para surgir ideias fora da caixa, oportunidades. Mas não adianta também esperar o tempo de crises passarem. A ação ou prática são tão importantes quanto ao trabalho duro e a sorte. "Poucas pessoas percebem que a sorte é criada. Do mesmo modo que o dinheiro. E se você quer ter mais sorte e criar dinheiro em lugar de trabalhar arduamente, então sua inteligência financeira é importante. Agora, se você é o tipo de pessoa que fica à espera de a coisa “certa” acontecer, pode esperar muito tempo. É como esperar que todas as luzes estejam verdes cinco quilômetros antes de começar a viagem." Como nas palavras de Robert Kiyosaki e Sharon L. Lechter (Pai Rico, Pai Pobre, 1997), através independência financeira, negócios possuem alicerces em táticas e movimentos de negócios, assim, o empreendedor torna-se o gestor do seu tempo e o CEO da sua vida.

Ainda que o tempo sejam outros, priorize seu foco em suas margens, foque também na compreensão do que seu negócio pode melhorar. Encontre o ponto de equilíbrio onde suas receitas quitam as despesas. Micro ou pequenos empresários possuem o mesmo interesse em tornar-se um sucesso e boa parte de tudo isso dependerá de você e do que está fazendo para vê-lo mais tarde em um anúncio de rádio e TV. A gestão de seus negócios possuem muito mais contrastes com a filosofia do dinheiro do que você possa imaginar.

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